O Jazz não nasceu para se ouvir sentado

No imaginário popular atual, a cultura do jazz está inserida em um contexto intimista, culto, cujo acesso se limita a um seleto grupo de apreciadores do estilo. Este cenário nem sempre foi assim.

O Jazz surgiu no início do século XX na região sul dos Estados Unidos envolto a uma cultura marginal de pessoas negras a pouco escravizadas, ainda em um contexto de extrema segregação social. Assim como o Ragtime e o Dixieland, seus “primos mais velhos” por assim dizer, o Jazz nasce nesse recorte histórico com a proposta de amenizar o peso do cotidiano, buscando a interação social e momentos de descontração em meio às adversidades.

A música é então um dos ingredientes de festas locais. E junto com as festas, surgem as danças. Charleston, Colegial Shag, Balboa, Lindy Hop, dentre tantas outras modalidades e estilos de dança, se agrupam sob um grupo chamado de Swing Dances.

O Jazz não nasceu para se ouvir sentado, tomando um whisky à meia luz em uma poltrona na sala de estar. O Jazz nasceu para ser dançado e celebrado como movimento de resistência, de forma muito semelhante ao Samba aqui no Brasil.

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